...Seja Bem-Vindo! Tudo chega na Hora Certa...

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Imprensa

Médico conhecido no Brasil inteiro passou mais de 20 anos atendendo presos em presídios de São Paulo. Decerto, sabe o que diz.
Imagine-se no interior de  um  pavilhão,  desarmado,  rodeado   por centenas de  apenados,  tendo  apenas  uma  jaqueta  surrada  como diferencial entre você e os presos. Até um dia desses, era assim que funcionava o sistema penitenciário em  muitas  unidades  penais  da Paraíba. E era assim que trabalhavam os agentes penitenciários   do famoso  complexo  prisional  Carandiru,  em  São  Paulo,  no   qual Dráuzio Varella se inspirou para escrever o livro Carcereiros.   
Na página 16 da obra, o médico que passou 23 anos atendendo detentos em vários presídios paulistas é taxativo: “A natureza do trabalho dos guardas de presídio pouco os diferencia da condição e prisioneiro, exceto o fato de que saem em liberdade no fim do dia, ocasião em que o bar é lenitivo irresistível para as agruras do  expediente diário”.
O livro é baseado em relatos de agentes e presos com quem Dráuzio  conversou durante mais de duas décadas de relacionamento constante. Até mesmo os casos de corrupção envolvendo agentes foram narrados pelos funcionários entrevistados pelo médico.
- São essas pessoas que a sociedade põem lá, entopem a cadeia de presos e dizem “oh, se vira; dá um jeito de manter esses presos quietos aí. E que ninguém fuja!” – relata o autor do livro.
Para quem tem um mínimo de curiosidade de saber como é passar metade da vida (ou mais) dentro da cadeia – seja preso ou trabalhando –, recomendamos a leitura.

Matéria retirada na integra do site paraibaemqap.com.br / 12 OUT / 2012 | 12:01



“Como é que entram tantos celulares num presídio?”, questiona radialista que nunca passou perto de uma unidade penal
Não se trata de negar o mal da corrupção. Isso é tão inútil quanto fechar os olhos para outras realidades.

Vamos insistir: a pergunta não é “como entram?” e sim “o que fazer para não entrar?” Na manhã dessa terça-feira (26), um truque antigo usado por detentos do Serrotão foi posto em prática mais uma vez, só que a malandragem não deu sorte.
Bem ao lado do presídio está a principal via de acesso ao bairro do Mutirão. Assim, o tráfego de ônibus, carros, motos, bicicletas e transeuntes é intenso numa área que, por ser de segurança, deveria ter trânsito limitado.
Dessa forma, os bandidos que estão presos combinam com os que ainda estão na rua. É só passar e chutar a bola por cima do muro na hora do banho de sol, que lá dentro existem cerca de 620 goleiros prontos para segurar a rendondinha.
O esquema foi tão bem ‘bolado’ dessa vez que, antes, os presos chutaram a bola do jogo para fora. Na parte externa da unidade havia dois homens aguardando o ‘tiro de meta do mal’ e logo lançaram a bola de volta. Só que era a bola reserva, recheada de aparelhos celulares (14 unidades, para sermos mais precisos).
A sorte é que o policial militar da guarita teve um golpe de vista aguçado. Percebeu a movimentação, chamou apoio pelo rádio de comunicação, e a dupla de ‘gandulas’ (havia um menor na jogada) foi levada para a delegacia de Polícia Civil. Fim de jogo. ‘Um a zero’ para os agentes e policiais.
Impedido
Na semana passada, a mesma estratégia foi usada – e frustrada – no Serrotão, sendo que dessa vez foi lançado um pacote e à noite, quando a visibilidade cai bastante naquele descampado. Essas tentativas adotadas pelos presos sugerem (não garantem, claro) que a entrada dos aparelhos pela porta da frente está cada vez mais ‘em impedimento’.
Invasão de campo
Uma das principais medidas de segurança a serem adotadas para ajudar na boa administração de um presídio é tentar isolar ao máximo a unidade penal da população. Ou seja, o estado deveria desapropriar uma área de raio o suficiente para evitar o tráfego de estranhos nas redondezas.
Mas pelo que se percebe, o presídio do Serrotão vive um processo exatamente inverso. Mais um grande pedaço de terra está sendo preparado para um grande empreendimento – leia-se “condomínio fechado” – na Alça Sudoeste, em direção às quatro linhas do velho Serrote.
Daqui a pouco, o presídio estará dentro da cidade.


 TAMBÉM EM PERNAMBUCO: AGENTES PENITENCIÁRIOS PARALISAM AS            ATIVIDADES NESTE DOMINGO

Os agentes penitenciários de Pernambuco paralisaram, neste domingo (8), as atividades em todas as unidades do Estado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Pernambuco (Sindasp), Nivaldo de Oliveira, a mobilização ocorreu em protesto à alegação do secretário de Administração, Ricardo Dantas, de que os agentes não fazem parte do sistema de segurança pública.
A afirmação teria sido feita na última sexta-feira (6), durante o fórum de servidores, onde estava sendo discutido o acordo coletivo entre governo e agentes, assinado em junho de 2010. O acordo garantiria um reajuste salarial e de carga horária semelhante aos dos policiais civis. “O acordo deveria ter sido cumprido até o dia 31 de março deste ano. O governo faria a adequação do salário, enquanto nós alteraríamos nossa carga horária. Em vez de trabalhar 24 horas para folgar 96, passaríamos a ter 72 horas de folga, assim como os policiais civis”, explicou Oliveira.
Segundo ele, segunda-feira (9) será realizada uma reunião com a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Laura Gomes, e o secretário executivo de Ressocialização, coronel Romero Brito, para dar continuidade às negociações.

DECISÃO DO TJ DESOBRIGA GOVERNO A CONTRATAR DE IMEDIATO CONCURSADOS PARA AGENTE PENITENCIÁRIO

Data: 13/04/2011 às 20h17
A validade do processo seletivo é até o dia 2 de outubro de 2012, prazo para a Administração nomear os candidatos aprovados.

Por: Redação/ParaibaemQAP

O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba negou pedido, para contratação imediata, de candidatos aprovados em concurso público para agente penitenciário, promovido pelo Governo do Estado. A decisão ocorreu na sessão desta quarta-feira (13) e a relatora do processo foi a desembargadora Maria das Neves do Egito Duda Ferreira.
Os candidatos impetraram Mandado de Segurança, alegando direito à nomeação imediata, já que foram aprovados dentro do número de vagas. Alegaram, ainda, que a Administração Pública, dentro do prazo de validade do certame, teria contratado servidores temporários para o desempenho das funções de agente penitenciário.
No voto, a desembargadora-relatora afirmou que candidatos aprovados em concurso público, dentro do número de vagas, têm o direito subjetivo à nomeação, “todavia, não cabe ao Judiciário instar a Administração a dar-lhes posse, se o concurso ainda não expirou sua validade”.
Maria das Neves destaca que, dentro desse lapso temporal, o Poder Público detém discricionariedade para, invocando critérios de conveniência e oportunidade, ditar o melhor momento para nomeá-los.
De acordo com os autos, o concurso foi homologado no dia 2 de outubro de 2008 e foi prorrogado por mais dois anos. Ou seja, a validade do processo seletivo é até o dia 2 de outubro de 2012, prazo para a Administração nomear os candidatos aprovados.
Gabriella Guedes/TJPB